Economizando para a sua empresa e ajudando sua cidade

Ter o próprio carro, alugar ou ir de táxi?

Obviamente todos nós acompanhamos os vários movimentos de 99, Uber, Cabify, Easy Taxi, etc. nos últimos 3 anos com muita intensidade.

As pessoas definitivamente aderiram, se planejam para ficar sem seu próprio carro e muitos de nós já até abrimos mão de termos o próprio. É o conceito já bastante utilizado de USAR versus o de TER cada vez mais sólido em nossas mentes e em nossas vidas, já muito comum em grandes cidades como Paris e New York.

Muitos profissionais de finanças defendem este conceito também como mais inteligente do ponte de vista financeiro. Ou seja, não vale a pena ter seu próprio carro em mais de 70% dos casos analisados, dependendo da distância percorrida diariamente e do tipo de trajeto. Algumas locadoras também defendem a tese de utilizar taxi ou transporte público durante a semana e alugar um carro para os finais de semana.

E todas as contas apontam para uma economia importante pois o carro deprecia em média 12% ao ano, perde valor de revenda, custa 4% ao ano de IPVA, em média 8% ao ano de seguro, 4% de manutenção, etc. Se, por exemplo, você adquire um carro de R$ 50.000,00, terá um custo de R$ 10.000,00 a cada ano. Ou seja, em 3 anos este carro terá custado R$ 80.000,00 e irá valer aproximadamente R$ 32.000,00 no final deste período.

Outro dia fui dar um treinamento na Av. Paulista das 09h00 às 17h30 e pensei: – Se fosse de carro, pelo Waze, demoraria 55 minutos pra chegar e, provavelmente o mesmo tempo pra voltar. Além disso pagaria absurdos R$ 65,00 pelo dia todo de estacionamento. Moro próximo ao Morumbi Shopping, portanto 10Km de trajeto.

Fui de táxi via corredores de ônibus, cheguei em 30 minutos, na ida e volta respondendo e-mails e resolvendo pendências, gastando  R$ 50,00. Virou hábito a partir desse dia. Quando dou treinamentos na Berrini, gasto R$ 20,00 de táxi versus R$ 60,00 de estacionamento.

E finalmente, nos últimos 3 meses, troquei o carro por uma bike elétrica que utilizo para trabalhar todos os dias. E quando chove, dobro a bike, coloco no porta-malas do taxi e pronto.

Mas o que isso tem a ver com o mundo corporativo?

É simples. Analise os casos acima isoladamente e depois multiplique pelo número de colaboradores que passam pelas mesmas situações.

Todos os estudos mostram que, quando uma empresa substitui o bom e velho reembolso por solicitações de transporte centralizadas em aplicativos com gestão única, a economia pode chegar a 30% de redução de custos. É a velha história de que, independentemente do radar estar funcionando ou não numa avenida, todos diminuem a velocidade, pois basta a percepção de que está sendo monitorado para o comportamento mudar.

E hoje é possível segmentar o uso por categorias nas empresas como, por exemplo, quem pode utilizar carro particular no aplicativo, quem pode usar táxi ou mesmo carros Top. Também é fácil estabelecer orçamentos por centro de custo e tomar ações como alertas de que a verba está se esgotando ou mesmo bloquear o uso após ultrapassar o orçamento para o mês.

Em alguns casos, a produtividade dos colaboradores pode crescer significativamente. Temos relatos de gestores comerciais que conseguiram aumentar a produtividade de 4 para 5 visitas diárias de suas equipes em clientes, simplesmente por não terem que procurar lugar para estacionar em cada uma das visitas.

Sei que parecem coisas pequenas, mas quando acumuladas no volume de uma empresa inteira podem fazer uma boa diferença no final de cada ano.

E qual será a tendência?

Empresas americanas de ponta e algumas brasileiras estão quebrando a tradição de fornecer carro (company car) como benefício. Em primeiro lugar, porque não pode ser definida como benefício e sim como ferramenta de trabalho, assim como um notebook ou celular. E também porque além de ser muito mais barata, a opção aplicativos coloca a imagem da empresa em alta colaborando, de alguma forma, com a comunidade. Isso está fazendo com que as empresas de aplicativos tenham soluções de substituição de frota muito aderentes.

Como é um processo de mudança cultural, algumas estão orientando seus colaboradores que têm carro da empresa a visitarem seus clientes de táxi e continuar utilizando seus veículos para irem e voltarem ao trabalho e também nos finais de semana, pois mesmo assim gera economia e produtividade sem gerar uma percepção de perda por parte do colaborador.

Mais mudanças virão por aí, mas podemos ter a certeza de que a maneira como as pessoas se deslocam não será como hoje, então vamos rir de como vivíamos com cada um em seu carro todos os dias, assim como acontece quando falamos de como era a telefonia há alguns poucos anos. Você não se imagina sem celular ou como sair de casa sem Waze.

Pare pra pensar: afinal isso tudo é questão de mobilidade!

 

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Este post foi escrito por um convidado da SalesTalent.